Baseado no conto de F. Scott Fitzgerald, a trama conta a extraordinária história de Benjamin Button, um homem que nasce com uma aparência física de 80 anos e que, com o tempo, rejuvenesce. Devido ao seu semblante grotesco, Benjamin é abandonado pelo pai, e, posteriormente, acolhido pela simpática Queenie. Na infância, ele conhece uma menininha de cabelos ruivos que vem a ser o grande amor de sua vida. Na ocasião, vemos o contraste entre um homem que mal pode andar devido a doenças típicas da 3ª idade e uma criança que esbanja saúde e beleza. O roteiro, assinado por Eric Roth (de, ‘Forrest Gump’), apresenta um desenvolvimento fluente, que, a cada cena, alimenta com mais vigor a ânsia do espectador. A narrativa enovela importantes períodos da História, cruzando a vida de Benjamin com acontecimentos marcantes do mundo. O pequeno velhinho nasce no exato dia em que a I Guerra Mundial se encerra e, alguns anos depois, luta pela Marinha Britânica na II Guerra.
Amparada pelo irrepreensível roteiro, a direção de Fincher consegue apreender toda a complexidade da trama. Precisas e calculistas, as tomadas do diretor se aproximam do perfeccionismo de Stanley Kubrick. Além da qualidade técnica, Fincher escala um elenco impecável, a começar por Brad Pitt, seu maior pupilo. No papel de Benjamin Button, Pitt dá o tom certo ao personagem. Mesmo coberto por uma maquiagem bastante envelhecida, é possível notar em Benjamin um olhar doce e infantil. Já quando o personagem aparenta um jovem adulto, Pitt demonstra um olhar cansado, de alguém que já passou por muitas desventuras. O ator ainda representa com um notável sotaque natural de Nova Orleans, cidade natal de Benjamin. Cate Blanchett (de ‘Não Estou Lá’), como sempre, está magnífica. A atriz que vive Daisy forma um casal afinado com Pitt, convencendo enquanto estonteante bailarina e também como uma velha senhora à beira da morte. O resto do elenco se encaixa perfeitamente no filme, dando um aprazível tempero ao desenvolvimento do longa.
Na vida paradoxal de Benjamin, a morte é um tema de grande relevância. Fadado a ficar cada vez mais jovem, ele vê seus entes queridos partirem a todo o momento. A morte, no entanto, é tratada com certa naturalidade no filme. O contraste ocorre na Guerra, onde Benjamin conhece o lado cruel e nada natural da perda. Em ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, o amor também é visto de maneira peculiar. O casal protagonista vive uma relação complexa, mas que acaba encontrando sua espontaneidade com o tempo. O interessante é que o sentimento dos dois ultrapassa a relação carnal. Daisy e Benjamin trocam um amor intenso e incondicional, que, através dos anos, se transforma em um carinho quase maternal.
AVALIÇÃO
‘O Curioso Caso de Benjamin Button’ é um filme baseado na ação perversa de um vilão invisível cuja crueldade supera a de qualquer psicopata do cinema: o tempo. É ele que dissipa paixões, traz saudades e leva tudo a um indesejado final. O filme de Fincher prima por mostrar de forma fascinante o poder incomparável de tal vilão. No entanto, a originalidade e maestria da película a colocam em um seleto lugar, reservado a obras-de-arte alheias à temida temporalidade.
Texto tirado do Site: http://verdesmares.globo.com
Uma Ficção, mas com uma bela história onde podemos tirar muita coisa para nossas vidas. Este filme coloca justamente para repensarmos em nossas vidas, pra que viemos ao mundo, o que estamos fazendo durante a nossa juventude.
GUIMAS
esse filme é realmente muuito bom!!
ResponderExcluira mensagem é bem legal!
pra quem ainda não assistiu,tá ai uma otima dica!!
beeijos
Ana Cecília